13.4.10

ode a um campinho de beira de estrada.

metia-te no bolso e corria para não sermos apanhados.
depois já longe abria a cova da mão e todo o teu corpo germinava liberdade.
campinho de beira de estrada...

11.4.10

é muito dificil sair do ciclo de pobreza. a pobreza de recursos sobretudo quando associada à pobreza ambiental, conduzem à pobreza de afectos e ao deficiente crescimento do homem como ser livre, sonhador e humanista. o contrário, a abundância, não implica de todo o recíproco, mas o acesso a pão, a água limpa, à liberdade de afectos, permitem mais facilmente o nascer de homens-bons. este "bom" não é o contraponto do "mal", é tão simplesmente a grandeza de compreender e respeitar a existência de si mesmo mas também dos outros.

é surpreendente ver brotar homens que rompem estes ciclos, pobreza e abundância, e que têm a completa percepção da realidade à sua volta e um intrínseco sentido de justiça e de bondade. uma percepção digna e profunda da beleza e da dimensão da vida.

1.4.10

ABRIL palavra gavinha.
enrola-se por entre a fresta dos dedos
e eleva-se no dorso-pássaro.