5.12.12

(para a joana-mãe e ma-ti bebé pequenino)
A Ana quer
nunca ter saído
da barriga da mãe.

Cá fora está bem,
mas na barriga também
era divertido.


O coração ali à mão,
os pulmões ali ao pé,
ver como a mãe é
do lado que não se vê.


O que a Ana mais quer ser
quando for grande e crescer
é ser outra vez pequena:
não ter nada que fazer
senão ser pequena e crescer
e de vez em quando nascer
e voltar a desnascer.


poema Manuel António Pina
ilustração Ana Ventura

20.9.12

hoje por um acaso entreguei um saco de roupa usada na Caritas, a porta de uma loja-armazém aberta a quem quisesse dar. hoje um amigo escreveu "...tanta gente, rio de mouro, à porta da igreja a pedir roupa comida ser gente!". nunca vi tal, assusta, revolta!! tratam as pessoas, vidas inteiras como números!
pessoa é ser pleno, não é número inteiro é número mágico!

21.5.12


 yelena bryksenkova


25.4.12

cada homem é sonho e liberdade!
25 de Abril numa tarde de chuva!
25 de Abril sempre em todos os homens!
milhões de cravos chovam em todo o mundo!

20.3.12


no dia em que o dia é aproximadamente igual à noite. para o diogo que já diz lua.

30.11.11




galopa, galopa menino e com as tuas pequeninas mãos vai apanhando folhas e sorrisos.

13.9.11