podem rir-se à vontade mas há qualquer coisa parecida no ser botânico com o ser bailarina. no entrelaçar dos atacadores das botas de montanha, ritual de preparação para o campo, imagino invariavelmente o entrelaçar das fitas-de-cetim das sapatilhas de pontas. uma delicadeza de mãos, que ainda não adquiri, quando erguem na ponta dos dedos essas tímidas-corolas. e ainda um outro pormenor, o colocar da bota de forma pensada dobrando a perna lentamente, quando caminham por entre rosetas de folhas basais.
2 Comments:
tudo isso faz parte da mesma poesia. e ainda há outros momentos assim que rimam com esses. os inúmeros sorrisos no beijar silencioso de uma dessas corolas tímidas que saltam pelas rochas, ou mesmo, o beijar de um capítulo da história do terciário. e também... o simples existir da "curva apertada do pedúnculo de uma fritillaria".
e diz-me... as violetas?
que tal apaixonares-te por essas flores
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