
Odeio-te Shisha Pangma, montanha sobre as planícies verdejantes.
Bela montanha a rasgar o azul céu.
Odeio-te e só posso pontapear-te até às duras rochas dos tempos de Tétis.
Que os teus glaciares te escorram para o mar e se tornem salgados.
És a casa das nuvens mas também da minha raiva.
E quando os olhos procurarem as tuas brancas cumeadas apenas vão ver brilhar as folhas de um Rhododendron jovem, aos 7 mil metros de altura.
4 Comments:
Também te odeio, raio de montanha.
Mas atirei-te um dia destes para uma onda do mar, também te atirei pelo Terraço Celestial, pelo alto da Peninha e pela Ursa. Acho que vou continuar a atirar-te pelo resto da vida.
Mas o Bruno merece o nosso sorriso para a vida, por isso, quando conseguirmos concretizar esta coisa mesmo estranha de ele não ter voltado, devemos continuar a sorrir e a amar a vida como ele o faria.
O amigo felino de Tuvalu...
O Bruno vai continuar a fazer muita falta nas nossas vidas. Ainda me lembro do teu comentário no outro dia: "Parece que a própria vida tem inveja destas pessoas.". Resta-nos recordar os momentos maravilhosos que passámos com ele.
As montanhas são por vezes demasiado altas mas jamais culpadas. Por vezes a vida é demasiado ampla para caber numa morte comum.
Prometo que nunca mais digo mal de montanhas na vida, mas continuo a não gostar muito desta.
Beijos felinos
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